2 de dezembro de 2024
Cartórios brasileiros dão mais um passo importante no combate ao assédio e violência contra a mulher
Proteger e estar à disposição das mulheres vítimas de violência tornou-se uma prioridade nos cartórios brasileiros. A sinalização da letra X pintada na palma da mão da vítima já faz parte da campanha “Sinal Vermelho” há dois anos e agora, em nova parceria entre a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG/BR) e a Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR), o compromisso firmado é pelo combate ao assédio e promoção da equidade. Dados de 2022, conforme aponta a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o crescimento dos casos de assédio sexual no Brasil foi de 49,7%.
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE), Cláudio Pinho, observa a importância de acolher mulheres que estejam passando por assédio e até violência. “Para ter o suporte do cartório, basta que a mulher sinalize com um “X” pintado na palma da mão a um colaborador, que este acolherá cautelosamente a denunciante e acionará a polícia”, esclarece. Diversos materiais informativos como cartilhas, posts para redes sociais, selos da campanha, logotipo, cartazes e demais conteúdos podem ser encontrados no site da Anoreg-BR (https://www.anoreg.org.br/site/anoreg-br-disponibiliza-materiais-de-divulgacao-para-anoregs-estaduais-e-cartorios-que-aderiram-a-campanha-sinal-vermelho/) para uso das anoregs estaduais e dos cartórios em todo o país.
Nesta nova fase, com o objetivo de transformar o ambiente de trabalho em espaços mais inclusivos e justos para as mulheres, uma mesa redonda com diversas autoridades será formada no próximo Congresso Nacional que reunirá notários e registradores em Brasília. O evento será presidido por Rogério Bacellar, da Anoreg-BR, e devem participar das discussões a ministra Carmen Lúcia; a desembargadora do TJ-PR, Rosana Fachin; a conselheira do CNJ, Renata Gil e a diretora financeira-adjunta da ANOREG/BR e presidente da ANOREG/PA, Moema Beluzzo. Outra novidade em andamento é o Selo Mulher, para reforçar o compromisso de equiparar o tratamento em relação às oportunidades de crescimento na carreira e salário de homens e mulheres.