8 de março de 2023
Mulheres titulares de cartórios no país já são 6.368
Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE) presta homenagem a todas as titulares de cartórios no país. Responsáveis pelas principais informações da vida de um cidadão, desde o registro de nascimento até a aquisição de bens e certidão de casamento, por exemplo, elas já são 6.368 titulares, quantitativo bem próximo ao dos homens à frente dos cartórios: 6.613.
Os dados constam na quarta edição do relatório 2022, “Cartórios em Números”, que consolida o levantamento realizado por meio do sistema Justiça Aberta, que é administrado pelo Conselho Nacional de Justiça. Desde a Constituição de 1988, a função de notário (a), também conhecida como tabelião (ã), só pode ser exercida por meio de um concurso público. No Ceará, a última seleção aconteceu no ano de 2018.
E por falar em qualificação, uma pesquisa da plataforma Catho de 2019, divulgada no final de fevereiro deste ano, mostra que mesmo com maior grau de instrução, as mulheres continuam ganhando até 52% menos que os homens exercendo a mesma função. São nas ocupações de profissional especialista e graduado que as remunerações por gênero mais se distanciam, seguidos de profissional especialista técnico com 47% de diferença, aponta o relatório.
Para o presidente da Anoreg-CE, Cláudio Pinho, “ter mulheres na diretoria da associação é um ganho enorme, pois, além de qualificadas para os cargos, elas possuem enorme desenvoltura e contribuem com seu conhecimento e experiência no dia a dia do trabalho notarial”. Nesta gestão, nove mulheres compõem as diretorias de Comunicação e Marketing; Assuntos Jurídicos; Representatividades Sociais, Eventos e Desportos; Tabelionato de Notas da Capital e Região Metropolitana de Fortaleza; Tabelionato de Protesto de Títulos do Interior; Registro de Títulos e Documentos e do Registro Civil de Pessoa Jurídica da Capital e Região Metropolitana de Fortaleza; Conselho Fiscal e 2ª Tesoureira.
A diretora de Comunicação da Anoreg-CE, Priscila Aragão, reforça a capacidade intelectual das mulheres que estão à frente dos cartórios no país. “Além da formação em Direito, passar nas etapas de um concurso público requer muito estudo, dedicação e comprometimento em estar sempre se atualizando. Muitas vezes, deixamos uma carreira consolidada para servir em um município distante, que carece de muitos serviços. E nós somos um alento para essas pessoas, pelo fato de não precisarem mais recorrer a um município vizinho, maior, para registrar seu filho, por exemplo”, comenta.